A ANF revelou este fim-de-semana que as farmácias portuguesas estão com dificuldades em comercializar mais medicamentos genéricos na medida em que já não têm mais espaço físico para os arrumar. Falta de espaço num mercado que começa a ficar demasiado carregado para um país com cerca de 10 milhões de habitantes (só a substância activa sinvastatita para o colesterol, é comercializada através de 319 medicamentos genéricos)? Sim mas não só.
Recentemente, Vasco Maria, Presidente do INFARMED, alertou para o excesso de medicamentos genéricos em algumas áreas específicas (as que mais implicam retorno imediato como o combate ao colesterol, doenças mentais, etc.) pedindo às diversas companhias maior diversificação do seu portefólio de produtos. Para as empresas nacionais mais pequenas, esta poderá ser a única opção de sobrevivência. Difícil pois as multinacionais com maior capacidade (e quase todas já estão representadas em Portugal) são mais céleres em solicitar a comercialização de marcas que perdem patente, ganhando quota de mercado sobre as outras.
E quais serão os desafios futuros para empresas a actuar nesta área? Claramente reforçar a sua imagem institucional (casos como a Generis, Farmoz são exemplos disso) promovendo uma diferenciação recordatória na mente dos seus targets. Reforçar a sua aproximação aos utentes, tomando o usual papel das empresas farmacêuticas que promovem investigação, como endorsers das associações de doentes. Promover informação credível junto dos médicos, salientando o seu papel de parceiros na área da Saúde – acentuar o duplo aspecto de empresas que comercializam tratamentos médicos mais acessíveis para bolsas menos recheadas (marketing social responsibility).
É claro que a confirmar-se os processos de bonificação usualmente praticados nas farmácias (por cada três caixas de medicamentos compradas ao laboratório segue uma de borla), estas também não têm grande margem de manobra para se queixarem da falta de espaço.
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
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1 comentário:
Boa tarde.
Não o conheço J.Azevedo,mas parece-me ser alguém com sentido de humor.
Isto porque destacar a Generis como exemplo de comunicação,revela de facto sentido de humor.
Eu também considero que tenho sentido de humor.
Sabe,referir a Generis como exemplo,tem quase tanta piada como afirmar que a Bial nunca desenvolveu acções de Motivação/Corrupção da classe médica.
Atentamente,
Alexandre Duro
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