A 3 de Maio de 1998, a primeira página do The New York Times publicava a notícia de que duas novas drogas, compostas por proteínas naturais, a agiostatina e a endostatina (hoje duas das proteínas mais estudados no conbate ao cancro), demonstravam promissores resultados no tratamento do cancro em ratos. Nos dias seguintes, as clínicas oncológicas foram literalmente assaltadas por doentes desesperados que procuraram acesso às duas novas drogas que nem sequer haviam sido submetidas aos necessários ensaios clínicos em humanos. Foi criado assim um impactante momento comunicacional com efeitos perversos, neste caso, o anúncio de uma esperança não justificada, pelo menos naquele momento, para os doentes terminais.
Casos como este, que continua a ser referenciado nos foruns de debate da American Association for Cancer Research, contribuem para uma atenção redobrada aos processos comunicacionais utilizados e, acima de tudo, à mensagem (e sua descodificação) que se quer transmitir. Esta é uma área que lida com grandes expectativas e se compreender a informação sobre Saúde e doenças é um direito de todos nós, melhorar a sua comunicação com responsabilidade é um imperativo ético para os intervenientes do sector, públicos ou privados.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
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