Foi sem dúvida estimulante o périplo organizado pela multinacional farmacêutica Sanofi Aventis (primeira no ranking europeu e terceira a nível mundial) por terras gaulesas (Paris, Lyon e Montpellier). Nele participaram jornalistas de todo o mundo (no total o grupo era composto por 96 representantes de meios de comunicação social do Brasil, Chile, Japão, China, Índia, México, Venezuela, e da maioria dos países europeus) que, pela primeira vez, tiveram a possibilidade de visitar instalações inteiramente dedicadas à Pesquisa e Desenvolvimento (a companhia investe anualmente 4,430 milhões de euros nesta área) e aceder a informações sobre novos tratamentos, alguns deles só disponíveis para lá de 2010.
Nos primeiros dias foi interessante verificar:
- Todos os Communication Managers da Sanofi presentes incluindo o português claro, sabem comunicar em, pelo menos três línguas distintas (usualmente o francês, o inglês e, cada vez mais importante, o espanhol)
- O horário dos Press Briefings, um pouco diferente – 8h da manhã, mas não impeditivo dos meios locais, incluindo televisões, estarem presentes.
- A comitiva japonesa composta por quatro simpáticos jornalistas de auricular permanente nas orelhas, sempre dependente de um tradutor que não se cansava de descodificar os discursos. Um deles referiu trabalhar num diário de Tóquio, com uma tiragem de 8.5 milhões de exemplares…
- A estratégia de descodificação comunicacional, levada a cabo pela Sanofi, que durante as refeições, colocava em cada mesa dois investigadores, sempre disponíveis para falar sobre as novas investigações e até dos fracassos ultrapassados no processo de descoberta de novas substâncias activas. Usualmente, de 10.000 moléculas analisadas anualmente, apenas uma ou duas se transformam em medicamento. Esta estratégia comunicacional “nothing to hide” é pouco usual nesta área mas contribuiu para humanizar uma mensagem proeminente técnica (a paixão demonstrada por alguns investigadores ao descrever o seu trabalho) e esclarecer os presentes sobre a forma como funciona uma multinacional farmacêutica, através de um contacto com aqueles directamente responsáveis pelo aparecimento de novos tratamentos. Sem o ar de cientistas loucos de cabelos no ar e batas brancas, à medida de muitos imaginários.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
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