A 3 de Maio de 1998, a primeira página do The New York Times publicava a notícia de que duas novas drogas, compostas por proteínas naturais, a agiostatina e a endostatina (hoje duas das proteínas mais estudados no conbate ao cancro), demonstravam promissores resultados no tratamento do cancro em ratos. Nos dias seguintes, as clínicas oncológicas foram literalmente assaltadas por doentes desesperados que procuraram acesso às duas novas drogas que nem sequer haviam sido submetidas aos necessários ensaios clínicos em humanos. Foi criado assim um impactante momento comunicacional com efeitos perversos, neste caso, o anúncio de uma esperança não justificada, pelo menos naquele momento, para os doentes terminais.
Casos como este, que continua a ser referenciado nos foruns de debate da American Association for Cancer Research, contribuem para uma atenção redobrada aos processos comunicacionais utilizados e, acima de tudo, à mensagem (e sua descodificação) que se quer transmitir. Esta é uma área que lida com grandes expectativas e se compreender a informação sobre Saúde e doenças é um direito de todos nós, melhorar a sua comunicação com responsabilidade é um imperativo ético para os intervenientes do sector, públicos ou privados.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Trabalhar na comunicação em Saúde: um desafio
A Saúde constitui-se hoje como uma das áreas da sociedade que mais atenção recebe por parte dos diversos órgãos de comunicação social, nacionais e internacionais. Por ter um impacto directo e preponderante na vida de todos nós, eternos utentes, os temas ligados à Saúde são muitas vezes colocados na capa de revistas, chamadas de primeira página e em alguns casos específicos, aberturas de jornais televisivos. Actualmente, e por força da revolução dos instrumentos de pesquisa como é o caso da internet, não é complicado encontrar definições objectivas de patologias, graus de incidência, dados sobre factores de risco, entre outros pontos de destaque.
A Comunicação em Saúde Pública, entendida de forma genérica como o estudo e utilização de estratégias comunicacionais para informar e influenciar as decisões dos indivíduos e das comunidades no sentido de promoverem a sua Saúde, encerra em si um conjunto de mensagens diversas destinadas a:
- Promover e educar as populações para um determinado tema
- Evitar riscos e ajudar a lidar com ameaças
- Prevenir patologias
- Sugerir e recomendar mudanças de comportamento
- Recomendar rastreios e exames médicos com frequência
- Informar sobre novos medicamentos
- Dar voz a várias entidades, como é o caso das associações de doentes, que exercem a sua actividade nesta área
- Alertar para o perigo de excessos (ex.: campanha contro o uso indiscriminado de antobióticos recentemente lançada em Portugal)
- Recomendar medidas preventivas e actividades de auto-cuidados em indivíduos doentes.
No entanto, para que os temas tenham eco suficente e produzam reais mudanças de comportamentos, a esfera de implementação comunicacional deverá contar com intervenientes como:
- Profissionais de Saúde (médicos, enfermeiros, farmacêuticos)
- Sociedades e Fundações Médicas
- Associações de doentes
- Entidades governamentais
- Órgãos de comunicação social, generalistas e especializados
- Agências de comunicação (um novo parceiro por força da profissionalização da área)
- Indústria farmacêutica São estes que assumem actualmente a função de difusores de mensagens, quer no papel de fontes primordiais de dados e informações de relevo, quer como responsáveis pela massificação dos temas, como é o caso dos meios de comunicação.
Paradoxalmente, e neste último caso, ao contrário do que acontece com a maioria dos países europeus, em Portugal o tema Saúde ainda não encontrou uma Editoria própria nos meios de comunicação social, como o Desporto, a Política e a Justiça, estando na maioria dos casos ligada à Secção de Sociedade, Nacional ou Ciência. É possivel encontrar secções de Saúde em revistas femininas e semanários nacionais, mas ainda são poucos os jornalistas especializados na área, com conhecimentos aprofundados das peculiariedades do sector (ex.: quantos saberão do número de fases clínicas que precedem a comercialização de um medicamento? Na verdade são três).
Todos estes intervenientes procuram utilizar o circuito comunicacional para fazer valer os seus objectivos de actividade. E se em muitos casos assiste-se a um cruzamento de interesses, noutros as vontades divergem e o ruido comunicacional tende a confundir e não esclarecer. Uma associação de doentes que promova uma conferência de imprensa com o intuito de conseguir uma comparticipação alargada dos medicamentos para os seus associados, irá chocar com os interesses do Ministério da Saúde, que procura a redução das respectivas despesas.
A Comunicação em Saúde Pública, entendida de forma genérica como o estudo e utilização de estratégias comunicacionais para informar e influenciar as decisões dos indivíduos e das comunidades no sentido de promoverem a sua Saúde, encerra em si um conjunto de mensagens diversas destinadas a:
- Promover e educar as populações para um determinado tema
- Evitar riscos e ajudar a lidar com ameaças
- Prevenir patologias
- Sugerir e recomendar mudanças de comportamento
- Recomendar rastreios e exames médicos com frequência
- Informar sobre novos medicamentos
- Dar voz a várias entidades, como é o caso das associações de doentes, que exercem a sua actividade nesta área
- Alertar para o perigo de excessos (ex.: campanha contro o uso indiscriminado de antobióticos recentemente lançada em Portugal)
- Recomendar medidas preventivas e actividades de auto-cuidados em indivíduos doentes.
No entanto, para que os temas tenham eco suficente e produzam reais mudanças de comportamentos, a esfera de implementação comunicacional deverá contar com intervenientes como:
- Profissionais de Saúde (médicos, enfermeiros, farmacêuticos)
- Sociedades e Fundações Médicas
- Associações de doentes
- Entidades governamentais
- Órgãos de comunicação social, generalistas e especializados
- Agências de comunicação (um novo parceiro por força da profissionalização da área)
- Indústria farmacêutica São estes que assumem actualmente a função de difusores de mensagens, quer no papel de fontes primordiais de dados e informações de relevo, quer como responsáveis pela massificação dos temas, como é o caso dos meios de comunicação.
Paradoxalmente, e neste último caso, ao contrário do que acontece com a maioria dos países europeus, em Portugal o tema Saúde ainda não encontrou uma Editoria própria nos meios de comunicação social, como o Desporto, a Política e a Justiça, estando na maioria dos casos ligada à Secção de Sociedade, Nacional ou Ciência. É possivel encontrar secções de Saúde em revistas femininas e semanários nacionais, mas ainda são poucos os jornalistas especializados na área, com conhecimentos aprofundados das peculiariedades do sector (ex.: quantos saberão do número de fases clínicas que precedem a comercialização de um medicamento? Na verdade são três).
Todos estes intervenientes procuram utilizar o circuito comunicacional para fazer valer os seus objectivos de actividade. E se em muitos casos assiste-se a um cruzamento de interesses, noutros as vontades divergem e o ruido comunicacional tende a confundir e não esclarecer. Uma associação de doentes que promova uma conferência de imprensa com o intuito de conseguir uma comparticipação alargada dos medicamentos para os seus associados, irá chocar com os interesses do Ministério da Saúde, que procura a redução das respectivas despesas.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Uma visita diferente ao mundo da Saúde
Foi sem dúvida estimulante o périplo organizado pela multinacional farmacêutica Sanofi Aventis (primeira no ranking europeu e terceira a nível mundial) por terras gaulesas (Paris, Lyon e Montpellier). Nele participaram jornalistas de todo o mundo (no total o grupo era composto por 96 representantes de meios de comunicação social do Brasil, Chile, Japão, China, Índia, México, Venezuela, e da maioria dos países europeus) que, pela primeira vez, tiveram a possibilidade de visitar instalações inteiramente dedicadas à Pesquisa e Desenvolvimento (a companhia investe anualmente 4,430 milhões de euros nesta área) e aceder a informações sobre novos tratamentos, alguns deles só disponíveis para lá de 2010.
Nos primeiros dias foi interessante verificar:
- Todos os Communication Managers da Sanofi presentes incluindo o português claro, sabem comunicar em, pelo menos três línguas distintas (usualmente o francês, o inglês e, cada vez mais importante, o espanhol)
- O horário dos Press Briefings, um pouco diferente – 8h da manhã, mas não impeditivo dos meios locais, incluindo televisões, estarem presentes.
- A comitiva japonesa composta por quatro simpáticos jornalistas de auricular permanente nas orelhas, sempre dependente de um tradutor que não se cansava de descodificar os discursos. Um deles referiu trabalhar num diário de Tóquio, com uma tiragem de 8.5 milhões de exemplares…
- A estratégia de descodificação comunicacional, levada a cabo pela Sanofi, que durante as refeições, colocava em cada mesa dois investigadores, sempre disponíveis para falar sobre as novas investigações e até dos fracassos ultrapassados no processo de descoberta de novas substâncias activas. Usualmente, de 10.000 moléculas analisadas anualmente, apenas uma ou duas se transformam em medicamento. Esta estratégia comunicacional “nothing to hide” é pouco usual nesta área mas contribuiu para humanizar uma mensagem proeminente técnica (a paixão demonstrada por alguns investigadores ao descrever o seu trabalho) e esclarecer os presentes sobre a forma como funciona uma multinacional farmacêutica, através de um contacto com aqueles directamente responsáveis pelo aparecimento de novos tratamentos. Sem o ar de cientistas loucos de cabelos no ar e batas brancas, à medida de muitos imaginários.
Nos primeiros dias foi interessante verificar:
- Todos os Communication Managers da Sanofi presentes incluindo o português claro, sabem comunicar em, pelo menos três línguas distintas (usualmente o francês, o inglês e, cada vez mais importante, o espanhol)
- O horário dos Press Briefings, um pouco diferente – 8h da manhã, mas não impeditivo dos meios locais, incluindo televisões, estarem presentes.
- A comitiva japonesa composta por quatro simpáticos jornalistas de auricular permanente nas orelhas, sempre dependente de um tradutor que não se cansava de descodificar os discursos. Um deles referiu trabalhar num diário de Tóquio, com uma tiragem de 8.5 milhões de exemplares…
- A estratégia de descodificação comunicacional, levada a cabo pela Sanofi, que durante as refeições, colocava em cada mesa dois investigadores, sempre disponíveis para falar sobre as novas investigações e até dos fracassos ultrapassados no processo de descoberta de novas substâncias activas. Usualmente, de 10.000 moléculas analisadas anualmente, apenas uma ou duas se transformam em medicamento. Esta estratégia comunicacional “nothing to hide” é pouco usual nesta área mas contribuiu para humanizar uma mensagem proeminente técnica (a paixão demonstrada por alguns investigadores ao descrever o seu trabalho) e esclarecer os presentes sobre a forma como funciona uma multinacional farmacêutica, através de um contacto com aqueles directamente responsáveis pelo aparecimento de novos tratamentos. Sem o ar de cientistas loucos de cabelos no ar e batas brancas, à medida de muitos imaginários.
sábado, 22 de setembro de 2007
De regresso à internet
De volta às lides, deparo-me com um novo desafio académico que iniciei este fim-de-semana: um Mestrado Executivo no ISCTE em Gestão Empresarial. Para além de procurar aprofundar as minhas competências formativas, para a escolha deste curso pesaram alguns motivos como:
- Apreender novos conhecimentos matemáticos, estatísticos e de gestão. Os profissionais de comunicação, trabalhando em departamentos específicos ou em agências, sempre se depararam com dificuldades na explanação da sua actividade, principalmente Gestores de Produto, Directores de Marketing (DM) ou Directores-Gerais (DG). Porquê? No primeiro caso porque alguns ainda consideram que a nossa actividade pode ser realizada por qualquer um (na esfera da assessoria, basta ligar aos amigos e a notícia é publicada). No que concerne os DM e DG ou CEO’s, porque estão habituados a medir objectivamente os resultados. Para quem está habituado a lidar com gráficos e fórmulas sobre receitas, depesas, títulos negociáveis, impostos, etc., não é fácil visualizar a imaterialidade a seco de graus de notoriedade, valorizações comunicacionais, valorizações noticiosas e Relatórios de Retorno de Investimento que variam de empresa para empresa. Assim, é importante cruzar discursos e encontrar uma ponte que aproxime os profissionais de comunicação de outros técnicos com uma visão mais numérica do mundo.
- Reforçar os conhecimentos na área do marketing – actualmente, e por força do excesso mediático que nos rodeia, é fundamental incorporar na nossa actividade ferramentas que nos permitam ir mais longe na definição criativa de Planos Estratégicos de Comunicação. O factor surpresa, que se traduz em mais impacto mediático, requer novas linhas de pensamento que nos obrigam a procurar ideias e noções em disciplinas como o marketing (marketing creative mix?). Falar de marketing não é complicado (mesmo de uma forma mais ou menos vaga já o incorporamos no nosso trabalho diário). O complicado é traduzir algo criado por esta disciplina em algo que realmente valha a pena comunicar.
Só posso recomendar a todos os finalistas em Comunicação uma formação semelhante. Mesmo a todos aqueles que fugiram da Matemática como o Diabo foge da cruz.
- Apreender novos conhecimentos matemáticos, estatísticos e de gestão. Os profissionais de comunicação, trabalhando em departamentos específicos ou em agências, sempre se depararam com dificuldades na explanação da sua actividade, principalmente Gestores de Produto, Directores de Marketing (DM) ou Directores-Gerais (DG). Porquê? No primeiro caso porque alguns ainda consideram que a nossa actividade pode ser realizada por qualquer um (na esfera da assessoria, basta ligar aos amigos e a notícia é publicada). No que concerne os DM e DG ou CEO’s, porque estão habituados a medir objectivamente os resultados. Para quem está habituado a lidar com gráficos e fórmulas sobre receitas, depesas, títulos negociáveis, impostos, etc., não é fácil visualizar a imaterialidade a seco de graus de notoriedade, valorizações comunicacionais, valorizações noticiosas e Relatórios de Retorno de Investimento que variam de empresa para empresa. Assim, é importante cruzar discursos e encontrar uma ponte que aproxime os profissionais de comunicação de outros técnicos com uma visão mais numérica do mundo.
- Reforçar os conhecimentos na área do marketing – actualmente, e por força do excesso mediático que nos rodeia, é fundamental incorporar na nossa actividade ferramentas que nos permitam ir mais longe na definição criativa de Planos Estratégicos de Comunicação. O factor surpresa, que se traduz em mais impacto mediático, requer novas linhas de pensamento que nos obrigam a procurar ideias e noções em disciplinas como o marketing (marketing creative mix?). Falar de marketing não é complicado (mesmo de uma forma mais ou menos vaga já o incorporamos no nosso trabalho diário). O complicado é traduzir algo criado por esta disciplina em algo que realmente valha a pena comunicar.
Só posso recomendar a todos os finalistas em Comunicação uma formação semelhante. Mesmo a todos aqueles que fugiram da Matemática como o Diabo foge da cruz.
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
No centro da investigação
Por motivos profissionais, estarei ausente do país até à próxima quinta-feira, dia 20 de Setembro. O trabalho de consultor de comunicação acarreta esta dinâmica e assim estarei em França a participar numa visita às várias instalações da Sanofi, na companhia de 96 jornalistas de todo o mundo.
Para além dos Media Briefings previstos para Paris, teremos a oportunidade de visitar as instalações de pesquisa e desenvolvimento de Lyon e Montpellier. Neste último caso iremos acompanhar a produção da primeira vacina criada para prevenir um cancro (a Gardasil, para a prevenção do Papilomavírus Humano, responsável pelo cancro do colo do útero – em Portugal morre uma mulher por dia devido ao cancro do colo do útero e são diagnosticados por ano cerca de 950 novos casos).
Entre as viagens de avião, bus e TVG, tentarei deixar neste espaço alguma informação sobre o trabalho realizado e a formatação comunicacional utilizada para a divulgação da informação desta multinacional de origem francesa. Mesmo sendo uma viagem bem ritmada (e calhar no meu aniversário) sinto-me privilegiado por me ter sido endereçado este convite. Afinal, não é todos os dias que podemos vislumbrar o futuro. Da nossa e da Saúde dos outros.
Para além dos Media Briefings previstos para Paris, teremos a oportunidade de visitar as instalações de pesquisa e desenvolvimento de Lyon e Montpellier. Neste último caso iremos acompanhar a produção da primeira vacina criada para prevenir um cancro (a Gardasil, para a prevenção do Papilomavírus Humano, responsável pelo cancro do colo do útero – em Portugal morre uma mulher por dia devido ao cancro do colo do útero e são diagnosticados por ano cerca de 950 novos casos).
Entre as viagens de avião, bus e TVG, tentarei deixar neste espaço alguma informação sobre o trabalho realizado e a formatação comunicacional utilizada para a divulgação da informação desta multinacional de origem francesa. Mesmo sendo uma viagem bem ritmada (e calhar no meu aniversário) sinto-me privilegiado por me ter sido endereçado este convite. Afinal, não é todos os dias que podemos vislumbrar o futuro. Da nossa e da Saúde dos outros.
Uma semana de Saúde– com o apoio do FirstWord
Segunda-Feira – 10 de Setembro de 2007
O jornal de referência The New York Times, anuncia o Senado Norte-Americano prepara-se para aprovar nova legislação com o objectivo de obrigar as empresas farmacêuticas a divulgar os pagamentos e ofertas efectuadas a médicos. Todo o tipo de ajudas deverão ser devidamente declaradas, nomeadamente despesas de formação, eventos, bolsas, entre outros. Tudo em nome da transparência.
Terça-feira – 11 de Setembro de 2007
De acordo com um novo estudo publicado no Archives of Internal Medicine, entre 1998 e 2005, as situações fatais relacionadas com a toma de medicamentos mais que dobraram. De acordo com os investigadores, “ o aumento de lesões demonstra que o actual sistema de avaliação da segurança dos medicamentos não é o mais adequado e urge que surjam mudanças legislativas e institucionais”. Um desafio global que se coloca tanto às empresas do sector como às instituições públicas e privadas que dela fazem parte.
Quarta-feira – 12 de Setembro de 2007
Um estudo publicado no jornal de referência JAMA sugere que o uso do medicamento Avandia da GlaxoSmithKline poderá contribuir para um aumento do risco de enfarte do miocárdio. Para a GlaxoSmithKline, os dados revelados "não são inteiramente conclusivos”. O Avandia, é um medicamento tomado por diabéticos por forma e melhor controlar os níveis de açúcar no sangue.
Quinta-feira – 13 de Setembro de 2007
A multinacional Novartis espera que a sua unidade farmacêutica atinja um crescimento de dois dígitos no período de 2008-2011. A farmacêutica têm hoje 139 projectos em desenvolvimento, sendo que 94 já foram apresentados e submetidos às entidades reguladoras. Recentemente circularam informações que indiciavam um interesse da Novartis em adquirir a Bayer. Esta nos últimos 3 anos adquiriu a unidade de OTC’s da Roche (2005) e mais recentemente a Schering (2006), tendo a sua unidade farmacêutica passando a intitular-se Bayer Schering Pharma.
Sexta-feira – 14 de Setembro de 2007
A Ortho McNeil, companhia pertencente à multinacional Johnson & Johnson e a Isis Pharmaceuticals acabam de oficializar uma parceria com o objectivo de desenvolver e comercializar medicamentos “antisense” (tratamentos criados com tecnologia RNA de descodificação genética) para o combate a doenças metabólicas como a diabetes e a obesidade. No âmbito deste negócio, que poderá valer mais de 275 milhões de euros à Isis, a Johnson & Johnson ficará detentora dos direitos de comercialização de duas novas substâncias activas para o tratamento da diabetes (ainda em fase de investigação) – a ISIS 325568 e a ISIS 377131. Estas moléculas só deverão chegar aos doentes em forma de medicamento dentro de 5 a 10 anos.
O jornal de referência The New York Times, anuncia o Senado Norte-Americano prepara-se para aprovar nova legislação com o objectivo de obrigar as empresas farmacêuticas a divulgar os pagamentos e ofertas efectuadas a médicos. Todo o tipo de ajudas deverão ser devidamente declaradas, nomeadamente despesas de formação, eventos, bolsas, entre outros. Tudo em nome da transparência.
Terça-feira – 11 de Setembro de 2007
De acordo com um novo estudo publicado no Archives of Internal Medicine, entre 1998 e 2005, as situações fatais relacionadas com a toma de medicamentos mais que dobraram. De acordo com os investigadores, “ o aumento de lesões demonstra que o actual sistema de avaliação da segurança dos medicamentos não é o mais adequado e urge que surjam mudanças legislativas e institucionais”. Um desafio global que se coloca tanto às empresas do sector como às instituições públicas e privadas que dela fazem parte.
Quarta-feira – 12 de Setembro de 2007
Um estudo publicado no jornal de referência JAMA sugere que o uso do medicamento Avandia da GlaxoSmithKline poderá contribuir para um aumento do risco de enfarte do miocárdio. Para a GlaxoSmithKline, os dados revelados "não são inteiramente conclusivos”. O Avandia, é um medicamento tomado por diabéticos por forma e melhor controlar os níveis de açúcar no sangue.
Quinta-feira – 13 de Setembro de 2007
A multinacional Novartis espera que a sua unidade farmacêutica atinja um crescimento de dois dígitos no período de 2008-2011. A farmacêutica têm hoje 139 projectos em desenvolvimento, sendo que 94 já foram apresentados e submetidos às entidades reguladoras. Recentemente circularam informações que indiciavam um interesse da Novartis em adquirir a Bayer. Esta nos últimos 3 anos adquiriu a unidade de OTC’s da Roche (2005) e mais recentemente a Schering (2006), tendo a sua unidade farmacêutica passando a intitular-se Bayer Schering Pharma.
Sexta-feira – 14 de Setembro de 2007
A Ortho McNeil, companhia pertencente à multinacional Johnson & Johnson e a Isis Pharmaceuticals acabam de oficializar uma parceria com o objectivo de desenvolver e comercializar medicamentos “antisense” (tratamentos criados com tecnologia RNA de descodificação genética) para o combate a doenças metabólicas como a diabetes e a obesidade. No âmbito deste negócio, que poderá valer mais de 275 milhões de euros à Isis, a Johnson & Johnson ficará detentora dos direitos de comercialização de duas novas substâncias activas para o tratamento da diabetes (ainda em fase de investigação) – a ISIS 325568 e a ISIS 377131. Estas moléculas só deverão chegar aos doentes em forma de medicamento dentro de 5 a 10 anos.
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Deve ter havido engano
A edição online de hoje do jornal Briefing, publica uma interessante notícia sobre a agência de comunicação Lift. Aparentemente decalcado de algum Press Release remetido o texto tem o condão de nos divertir (uma boa gargalhada às 8h45m sabe sempre bem) e espantar (o que à mesma hora já não sabe assim tão bem pois pensamos que sair da cama às 7h só nos faz mal ao cérebro).
O primeiro parágrafo da notícia é dedicado ao facto de a Lift ter começado a trabalhar a comunicação da United Colours of Benetton sendo que (e agora vem um dos pontos desconcertantes do texto) a conta já tinha sido ganha em Janeiro de 2007. Se a Benetton andou este tempo todo a pagar uma avença este é, sem dúvida, um dos negócio do ano na área das agências de comunicação (um cliente rentável sem dúvida) senão, 9 meses para decidir estratégias de comunicação e linhas de trabalho não abona nada em relação à marca.
Mas o melhor ainda está para vir: a conta será gerida por Marta Meneres, na sua condição de gerente da Lift Lifestyle e tendo como interlocutora da parte da Benetton (aposto que esta não adivinham...) Marta Meneres, Directora de Comunicação da…Benetton. Esta situação, no mínimo bizarra, levanta um conjunto de questões como “se houve concurso, Marta Meneres participou como júri? Se não, adjudicou a conta directamente à Lift?”, “Quem avaliará o trabalho de consultoria da Lift e os respectivos resultados?”. Aposto que nesta parceria, arranjar consensos em questões delicadas de comunicação não será muito difícil. O contrário seria bem divertido de assistir.
O primeiro parágrafo da notícia é dedicado ao facto de a Lift ter começado a trabalhar a comunicação da United Colours of Benetton sendo que (e agora vem um dos pontos desconcertantes do texto) a conta já tinha sido ganha em Janeiro de 2007. Se a Benetton andou este tempo todo a pagar uma avença este é, sem dúvida, um dos negócio do ano na área das agências de comunicação (um cliente rentável sem dúvida) senão, 9 meses para decidir estratégias de comunicação e linhas de trabalho não abona nada em relação à marca.
Mas o melhor ainda está para vir: a conta será gerida por Marta Meneres, na sua condição de gerente da Lift Lifestyle e tendo como interlocutora da parte da Benetton (aposto que esta não adivinham...) Marta Meneres, Directora de Comunicação da…Benetton. Esta situação, no mínimo bizarra, levanta um conjunto de questões como “se houve concurso, Marta Meneres participou como júri? Se não, adjudicou a conta directamente à Lift?”, “Quem avaliará o trabalho de consultoria da Lift e os respectivos resultados?”. Aposto que nesta parceria, arranjar consensos em questões delicadas de comunicação não será muito difícil. O contrário seria bem divertido de assistir.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Uma questão de confiança
A relação do técnico de comunicação, account, consultor (e outras nomenclaturas que proliferam nas agências de comunicação e RP) com o seu cliente, é algo imaterial que permanece em constante escrutínio superior, avaliada em função dos sucessos, resultados obtidos, rapidez da resposta mas, e muito importante, da empatia criada entre ambas as partes.
Sobre este tema, gostaria de recomendar “The Trusted Advisor”, um interessante livro que estou agora a terminar da autoria de Tom Peters, David Maister, Charles Gren e Robert Galford. Trata-se de um detalhado guia, indicado para todos aqueles que fazem da Consultoria o seu trabalho, que procura descodificar os conceitos de confiança e respeito entre clientes e consultores.
Segundo os autores, as relações profissionais bem sucedidas (em tradução livre):
- Crescem com o tempo e não aparecem espontaneamente
- Têm tanto de racional como de emocional
- São relacionamentos de duas vias
- Ambas as partes conhecem de todas as esferas de actuação e o papel de cada um
- É diferente para o cliente do que é para o consultor
- Acaba por se tornar pessoal
Para que as relações evoluam:
- O consultor deverá ter a primeira palavra sobre questões relacionadas com a sua área de intervenção
- É importante ilustrar de forma clara os problemas
- É importante ouvir e estar com atenção ao que é diferente e não ao que é familiar
- É importante verificar que as dicas e as suas razões são bem entendidos
- É importante ganhar o direito para explanar as nossas ideias
- É importante continuar a perguntar
- É importante explicar de forma clara o que se pretende
- É importante pedir ajuda quando precisamos
- É importante mostrar interesse no nosso interlocutor
- Podemos usar elogios mas não bajulação
- Quando as coisas correm bem, é importante reconhecer o trabalho de todos os envolvidos
Sobre este tema, gostaria de recomendar “The Trusted Advisor”, um interessante livro que estou agora a terminar da autoria de Tom Peters, David Maister, Charles Gren e Robert Galford. Trata-se de um detalhado guia, indicado para todos aqueles que fazem da Consultoria o seu trabalho, que procura descodificar os conceitos de confiança e respeito entre clientes e consultores.
Segundo os autores, as relações profissionais bem sucedidas (em tradução livre):
- Crescem com o tempo e não aparecem espontaneamente
- Têm tanto de racional como de emocional
- São relacionamentos de duas vias
- Ambas as partes conhecem de todas as esferas de actuação e o papel de cada um
- É diferente para o cliente do que é para o consultor
- Acaba por se tornar pessoal
Para que as relações evoluam:
- O consultor deverá ter a primeira palavra sobre questões relacionadas com a sua área de intervenção
- É importante ilustrar de forma clara os problemas
- É importante ouvir e estar com atenção ao que é diferente e não ao que é familiar
- É importante verificar que as dicas e as suas razões são bem entendidos
- É importante ganhar o direito para explanar as nossas ideias
- É importante continuar a perguntar
- É importante explicar de forma clara o que se pretende
- É importante pedir ajuda quando precisamos
- É importante mostrar interesse no nosso interlocutor
- Podemos usar elogios mas não bajulação
- Quando as coisas correm bem, é importante reconhecer o trabalho de todos os envolvidos
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Haja bom senso
Reparo na notícia de hoje na edição online da Meios & Publicidade sobre o facto da Serra Pinto Health Solutions ter operado alterações na sua estrutura editorial e comercial. Fico contente por saber que o grupo já não se intitula Serra Pinto Media Health Solutions (repararam na estranha semelhança? Eles no início não…) como há 3 meses. Este facto provocou alguns curiosos telefonemas de parceiros e potenciais parceiros, querendo saber mais sobre esta “nova MediaHealth” (uma marca registada como o r à frente da palavra devidamente atesta) que lhes estava a propor um conjunto de novos projectos comerciais. O processo passou para a esfera jurídica mas, pelos vistos, no grupo do Pedro Serra Pinto, o bom senso imperou.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Boas impressões
Na sequência de um projecto de sensibilização pública que estamos a desenvolver na agência, tive o prazer de me reunir com Maria do Céu Machado, Alta Comissária da Saúde. Prazer porque não conhecia pessoalmente a pediatra agora responsável por este importante cargo que, com simpatia, facilitou a conversa e a exposição da iniciativa.
Directa, objectiva, pratica e preocupada com os aspectos preventivos da Saúde em Portugal, logo se disponibilizou a agilizar processos e avançar com um protocolo de referência. Gostei. Para além do mais confidenciou-nos que desde o início do ano já tinha contabilizado cerca de 46 viagens de avião. Um verdadeiro corrupio constante para quem mantém aquela energia.
Directa, objectiva, pratica e preocupada com os aspectos preventivos da Saúde em Portugal, logo se disponibilizou a agilizar processos e avançar com um protocolo de referência. Gostei. Para além do mais confidenciou-nos que desde o início do ano já tinha contabilizado cerca de 46 viagens de avião. Um verdadeiro corrupio constante para quem mantém aquela energia.
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Merck e Vioxx: uma já passou
O Supremo Tribunal de New indeferiu ontem um processo global contra a Merck Company, no âmbito da retirada do mercado do anti-inflamatório Vioxx. Trata-se de uma grande vitória legal para a companhia que mesmo assim ainda tem por resolver outros 27,000 processos individuais de doentes que referem que o Vioxx, utilizado para o tratamento de artrites, poderá ter causado um grande número de ataques cardíacos.
Caso a Merck tivesse perdido este processo, poderia ter de pagar uma indemnização na ordem dos 18 biliões de dólares. Como nota de referência, os lucros da companhia em 2006 cifraram-se em 22.6 biliões de dólares. Seria pois um rombo de difícil digestão. Na sequência desta vitória, as acções da companhia subiram para os 50.47 dólares.
Ao ler a notícia, relembro duas coisas: a forma brilhante como o meu estimado colega Miguel Vieira, Director de Comunicação da Merck geriu a grave crise comunicacional na altura que tudo começou. E como é frágil a linha que separa a descoberta de um milagre (um medicamento que definitivamente faz a diferença e muda a vida dos doentes) e um desastre (um tratamento que afinal tem mais efeitos adversos e negativos que positivos).
Caso a Merck tivesse perdido este processo, poderia ter de pagar uma indemnização na ordem dos 18 biliões de dólares. Como nota de referência, os lucros da companhia em 2006 cifraram-se em 22.6 biliões de dólares. Seria pois um rombo de difícil digestão. Na sequência desta vitória, as acções da companhia subiram para os 50.47 dólares.
Ao ler a notícia, relembro duas coisas: a forma brilhante como o meu estimado colega Miguel Vieira, Director de Comunicação da Merck geriu a grave crise comunicacional na altura que tudo começou. E como é frágil a linha que separa a descoberta de um milagre (um medicamento que definitivamente faz a diferença e muda a vida dos doentes) e um desastre (um tratamento que afinal tem mais efeitos adversos e negativos que positivos).
Pela nossa Saúde
Ainda este ano, os médicos dos Hospitais da Universidade de Coimbra ficaram impossibilitados, por um período de dois meses, de efectuar biopsias. Para não ultrapassar o budget inicialmente definido pelo Ministério das Saúde, nem as agulhas puderam adquirir e assim tiveram que protelar um conjunto de operações para mais tarde.
No combate défice versus homem, quem vai ganhar o combate? Para já, parece o primeiro já leva uns pontos de avanço.
No combate défice versus homem, quem vai ganhar o combate? Para já, parece o primeiro já leva uns pontos de avanço.
Outras realidades
A Associação Britânica da Indústria Farmacêutica (ABPI - http://www.abpi.org.uk/), numa decisão inédita no seu historial, acaba de aceitar como membro oficial, uma agência de meios exclusivamente dedicada à área da Saúde (Bartlett Davis Communication).
Segundo os especialistas locais, esta medida poderá indiciar uma disponibilidade da ABPI em acolher como membros empresas de outras esferas como agências de comunicação e RP dedicadas à área da Saúde (para alguns este possibilidade é vista como forma de estreitar a sua vigilância legislativa perante os excessos comunicacionais de alguns dos seus actuais membros, principalmente no que concerne campanhas direct-to-consumer e promoção de medicamentos sujeitos a prescrição médica obrigatória).
Como a MediaHealth Portugal não é nem será tão cedo membro da APECOM (what’s the gain?) APIFARMA, aqui vamos nós?...
Segundo os especialistas locais, esta medida poderá indiciar uma disponibilidade da ABPI em acolher como membros empresas de outras esferas como agências de comunicação e RP dedicadas à área da Saúde (para alguns este possibilidade é vista como forma de estreitar a sua vigilância legislativa perante os excessos comunicacionais de alguns dos seus actuais membros, principalmente no que concerne campanhas direct-to-consumer e promoção de medicamentos sujeitos a prescrição médica obrigatória).
Como a MediaHealth Portugal não é nem será tão cedo membro da APECOM (what’s the gain?) APIFARMA, aqui vamos nós?...
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Na luta contra a obesidade
Li recentemente que a Galp Energia acaba de assinar um protocolo com Ministério da Saúde para execução da Plataforma Nacional contra a Obesidade, uma iniciativa de interesse público, direccionada a toda a população portuguesa.
Este acordo foi assinado pelo Ministro da Saúde, António Correia de Campos, e pelo presidente do Conselho de Administração da Galp Energia, Francisco Murteira Nabo.
A Plataforma Nacional contra a Obesidade visa o reforço da actual intervenção do Estado na área da Saúde, nesta área específica. Neste contexto, a Galp Energia disponibilizará as suas áreas de serviço e postos de abastecimento para a colocação de outdoors e mensagens na facturação emitida por sociedades que pertencem ao mundo Galp. Parece-me bem.
Passo a descrever uma loja da gasolineira à qual recorro usualmente (Av. de Pádua em Lisboa): logo ao entrar, dou de caras com todo o tipo de bombons, chocolates e afins. Enquanto me encaminho para o balcão encontro no meu lado esquerdo prateleiras repletas de Mars, Kinders Surpresa, coloridas gomas, M&Ms, chupa-chupas, KitKats, entre outros. Ao meu lado direito, as prateleiras apresentam pacotes de Cheetos e batatas fritas de vários sabores, feitios e tamanhos. No balcão central, displays das pastilhas elásticas com açúcar, sem açúcar, canela, menta, baunilha e maçã adornam o local. Trata-se de um bombardeamento visual calórico que resisto sem sacrifício. Duvido é que uma criança que vá acompanhar o respectivo pai faça o mesmo e não saia dali sem uma boa dose de calorias no sangue.
Acredito que a obesidade não é uma situação que seja apenas resolvido com outdoors ou slogans minimamente inspirados. Trata-se de um sério problema nacional (que afecta mais de 50 por cento da população total portuguesa e 24 por cento das crianças em idade escolar) e mundial que merece medidas de fundo que contribuam para reais mudanças de hábitos.
Não contesto o valor meritório da campanha “Energia positiva contra a obesidade” mas, como está neste momento definida, sabe realmente a pouco…
Este acordo foi assinado pelo Ministro da Saúde, António Correia de Campos, e pelo presidente do Conselho de Administração da Galp Energia, Francisco Murteira Nabo.
A Plataforma Nacional contra a Obesidade visa o reforço da actual intervenção do Estado na área da Saúde, nesta área específica. Neste contexto, a Galp Energia disponibilizará as suas áreas de serviço e postos de abastecimento para a colocação de outdoors e mensagens na facturação emitida por sociedades que pertencem ao mundo Galp. Parece-me bem.
Passo a descrever uma loja da gasolineira à qual recorro usualmente (Av. de Pádua em Lisboa): logo ao entrar, dou de caras com todo o tipo de bombons, chocolates e afins. Enquanto me encaminho para o balcão encontro no meu lado esquerdo prateleiras repletas de Mars, Kinders Surpresa, coloridas gomas, M&Ms, chupa-chupas, KitKats, entre outros. Ao meu lado direito, as prateleiras apresentam pacotes de Cheetos e batatas fritas de vários sabores, feitios e tamanhos. No balcão central, displays das pastilhas elásticas com açúcar, sem açúcar, canela, menta, baunilha e maçã adornam o local. Trata-se de um bombardeamento visual calórico que resisto sem sacrifício. Duvido é que uma criança que vá acompanhar o respectivo pai faça o mesmo e não saia dali sem uma boa dose de calorias no sangue.
Acredito que a obesidade não é uma situação que seja apenas resolvido com outdoors ou slogans minimamente inspirados. Trata-se de um sério problema nacional (que afecta mais de 50 por cento da população total portuguesa e 24 por cento das crianças em idade escolar) e mundial que merece medidas de fundo que contribuam para reais mudanças de hábitos.
Não contesto o valor meritório da campanha “Energia positiva contra a obesidade” mas, como está neste momento definida, sabe realmente a pouco…
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