segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O sabor da nova geração

Ao longo dos últimos anos, tenho tido o prazer de assistir ao desenvolvimento profissional de um bom número de colaboradores. Como na vida, há de tudo um pouco. Rapaziada com grande capacidade estratégica e de escrita mas desconfortáveis no contacto com jornalistas e clientes. Jovens com grande capacidade de interacção humana mas com uma visão redutora da actividade que praticam, sem aproveitar todos os ângulos de abordagem de um determinado Plano. E depois, de quando em vez, surgem “Aqueles”.

“Aqueles” incorporam numa só personalidade todas as características acima referidas e mais algumas. Velocidade de raciocínio, capacidade de improvisação, aproveitamento das oportunidades, criação de ligações fortes com aqueles que os rodeiam, criatividade latente, profissionalismo precoce. Ao olhar para “Aqueles” sabemos uma coisa: mais cedo ou mais tarde o lugar onde trabalham é curto para as suas ambições. No fundo, “Aqueles”, espelham aquilo que fomos, que gostaríamos de ser ou uma mescla dos dois.

Curiosamente e para bem das Relações Públicas, têm surgido nos últimos tempos um cada vez maior número de “Aqueles”. Julgo que para tal em muito tem contribuído um reforço na qualidade do ensino (aqui fica uma particular palavra de apreço para a Escola Superior de Comunicação Social que conheço com alguma profundidade). Temos hoje uma nova geração de técnicos que, aproveitando uma mais robusta estrutura-base (proporcionada pela formação), aprende e desenvolve mais rapidamente. É claro que, se as características intrínsecas do indivíduo estiverem pouco “aprimoradas” (responsabilidade, humildade, etc.), alguns “Aqueles” correm o risco de passar a ser os “Quem?”

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